terça-feira, maio 3


no prazer da contradança
minueto em salão azul
teu gesto paralizado
sonha meu lugar nenhum

T
dos passos quando pisou o mundo
vagas pegadas

nos traços
em sonho
sabia-se água

nos passos
seu mundo
areia molhada



T
entro azul
lua entre nuvens na janela
falares sempre bons

quiero ver el si y el como
luna
aquella oculta nueva



T
bebo recantos
os vales caídos
todos liquidos
não desenham a razão
nem sequer acompanham 
meu bem estar
no coração impreciso perduram silêncios

T
quando meu cavalo marinho
pousa
é galope além mar


T.
desde rastros me aponte
ruídos de sal sim salgados
me apraz ver atrás do longe
teus restos
distante acolhida

T.
caminha flores
disfarça ventos
embala cores
come tempestades

fina ironia do encanto



T.
conta por conta
branca doura
pérola perdida
no desviar de quem segue
secreto rastro


T.

dentre todos os ventos, moinho
te escolhi certeiro
já sabido ar
já pasmo alento


 estranha boca meu mar
antiga onda

T
deuses negros, tritãos
esculpidos nas rochas
mar e vento, colossos
montados em jegues
embrutecidos navios ao longe,
indiferente azul intenso e profundo do mar
como um amante que não conquistamos,
como o destino
ilegítimo.

T
atraso
barca perdida
não havia lugar
e chovia

...junto a isso um endereço
bela paisagem é janela
um ponto em manutenção

T
gongo do dia
do tempo perdido aurora
rubro cálice fim